Energia Solar: Goiano vence jogo sobre energia solar lançado pelo Greenpeace

O goiano Fernando Antônio da Mata, de 39 anos, é o campeão nacional de um jogo criado pelo grupo ambientalista Greenpeace para  avaliar o potencial de energia solar do país. O funcionário público participou de uma maratona virtual e conseguiu simular a instalação de quase 27 mil placas solares em telhados. Como prêmio, ele ganhou a implantação do sistema de energia solar na residência dele, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital.

Fernando é tecnólogo em informática e conta que sempre se interessou por fontes de energia renováveis. “É um assunto que eu gosto muito. Quando soube da plataforma do Greenpeace e da possibilidade de ganhar esse sistema moderno que vai me trazer economia na conta de energia, não pensei duas vezes, até porque é muito caro pra implantar essas placas por conta própria”, afirmou o vencedor.

A plataforma interativa Solariza permite ao jogador visualizar todos os telhados de edificações do país. Ela foi criada pelo Greenpeace para calcular o potencial do Brasil para a geração de energia solar.

Para acelerar a pesquisa, o grupo desafiou a população a ajudar, simulando a instalação de placas fotovoltaicas em cada um dos telhados. À medida que elas são inseridas pelos jogadores, o sistema calcula a quantidade de energia que pode ser gerada.

Ao longo de cinco meses, os participantes concorreram ao prêmio. À medida em que os jogadores iam instalando as placas na plataforma interativa, um ranking mostrava em tempo real a colocação dos envolvidos com o respectivo número de sistemas implantados na simulação.

“Era legal, porque quando a gente ficava um pouco pra traz corríamos contra o prejuízo e colocávamos mais placas, encontrávamos mais telhados dentro das imagens de satélite geradas pelo jogo”, contou Fernando.

Para a coordenadora da campanha de energias renováveis do Greenpeace, Bárbara Rubim, além de contribuir para um estudo, o jogo faz com que a população seja conscientizada para a questão energética do país.

“É uma forma lúdica de trazer esta questão para as pessoas. A importância é dupla, primeiro ,por gerar um número que é real, ao cruzar as características das residências com a incidência de raios solares. A segunda questão é a de mostrar pras pessoas que é possível abrir mão de obras agressivas ao meio ambiente se fizermos usos de fontes renováveis como esta”, afirmou.

De acordo com Bárbara, cerca de 7 milhões de casas foram mapeadas por meio da plataforma. Segundo ela, este número é suficiente para desligar duas usinas temoelétricas, além das usinas de Angra 1 e 2.

Mesmo com o fim da maratona, a plataforma continua no ar e pode ser acessada por quem se interessa pelo assunto e quer contribuir com a pesquisa da entidade. Para jogar basta acessar o site do Solariza, fazer o cadastro e participar.

Economia
Após vencer o desafio, Fernando da Mata teve um moderno sistema de placas fotovoltaicas instalados na casa dele. As placas captam os raios solares e, através de um gerador, a energia é armazenada para consumo doméstico na residência. Fernando diz estar ansioso para a redução da conta após o novo sistema.

“Já está tudo pronto só esperando terminar a mudança do relógio de energia elétrica para começar a economizar. Fico muito satisfeito de ter ajudado no projeto e ter tido essas placas na minha casa”, disse Fernando.

A representante do Greepeace revela que o grupo está discutindo uma nova fase do Solariza. Ela explicou que, apesar do projeto ser permanente, a primeira etapa já foi cumprida, atingindo mais de 6 milhões de telhados mapeados.

“Queremos continuar utilizando a ferramenta para que chamemos atenção da sociedade e dos governos para a relevância desta questão. Ao invés de investir em obras vultuosas de hidrelétricas, por exemplo, podemos investir em projetos como este, que multipliquem as casas como a do Fernando, que agora vai ter a maior parte da energia gerada em sua casa, de forma limpa”, afirmou.